quinta-feira, 4 de abril de 2013

895 - Soneto que quer ser real

O sonho ainda vive.

Um homem teve, certa vez, um sonho
Que os filhos de escravos e senhores
Viveriam em paz. Que os opressores
E oprimidos venciam juntos o tristonho

Abismo e viveriam num mais risonho
Ambiente. Sonhou com dias melhores,
Sonhou que o caráter, e não as cores,
Diferenciariam os homens e medonho

Foi seu fim. Um tiro fez em pesadelo
O sonho do homem, calou seu apelo
E fez que não se visse o sonho fato.

Luther King não sonha mais, mas ele
Vive naqueles que veem além da pele
E repudiam a outro homem o desacato.

Francisco Libânio,
04/04/13, 6:47 PM

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