sábado, 20 de abril de 2013

967 - Soneto do soneto prazeroso

Tão gostoso quanto...

Mas por mais que escrever seja foda
E exija tempo, paciência e inspiração;
Mote, lirismo, repertório e dedicação
Além dos dribles ao fácil e à moda,

Escrever é o que movimenta a roda,
Refresca o dia, exercita a imaginação
E ainda me dá como congratulação
Um riso ou outro aqui se acomoda.

É pouco, não rende fama ou grana,
Mas se faz poeta, ou nisso engana,
É um lazer que me traz algum bem.

Não é um prazer sexual. Até chega
Perto às vezes, mas nada me nega
E posso, no soneto, transar também.

Francisco Libânio,
20/04/13, 9:48 AM

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