sábado, 13 de abril de 2013

938 - Soneto desregrado

Quero nem saber, vou mandar pra dentro!

Se me der fome, eu irei comer
O que for mesmo se fizer mal,
A vontade dará a palavra final,
A consciência irá me absolver

Se for o caso. Ou meu prazer
Saciará com a glutonice total.
O mesmo conta para o sexual.
Namoro a mulher que apetecer,

Que me encher os olhos e não
A musa ou a tal cuja aprovação
Seja dos outros e não a minha.

Só meu soneto é que me intima
A comportar. Sempre uma rima,
A forma. Difícil de sair da linha.

Francisco Libânio,
13/04/13, 5:35 PM

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