domingo, 14 de abril de 2013

944 - Soneto em mim mandado

Nada mal de vez em quando...

E se a moça resolvesse, do nada,
Mandar: “Hoje te quero de escravo”?
Digo aqui por mim. Não me travo.
Deixo que aconteça. A namorada

Dar ordem, ser dona e aclamada
Mestra durante o íntimo conchavo
Apimenta a coisa, não põe bravo
Este poeta. Com a coisa serenada,

Os dois deitados juntos na cama,
Ela declara, do nada, que me ama
Como declarou querer ser a dona.

Porque amor não é só romantismo
E luz de vela. A dose de erotismo
Excita como a ordem impressiona.

Francisco Libânio,
14/04/13, 5:49 PM

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