O que faz a falta do que fazer...
O sujeito enfiado num convento
Entrega à vida sacra, vota e ora.
Tudo lá dentro tem rigorosa hora
E é exigido o rígido cumprimento.
Aí no tempo livre, o divertimento
Do sujeito é ficar do lado de fora
Do convento, na horta que adora
A plantar ervilha, ver nascimento
Delas e ficar colhendo os dados
Das tipos, os lisos ou enrugados
E dedica todo tempo do mundo.
Esse foi Mendel, pai da Genética,
Cuja observação devota e ascética
Mais pareceu coisa de vagabundo.
Francisco Libânio,
04/04/13, 5:49 PM
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