Então, Carlinhos, como eu faço um soneto legal? Dá uma luz.
Quanto a mim, sonetista anônimo,
Se um soneto recebe alguma graça,
Devo agradecer – e bem – quem a faça.
Um leitor bem agradado é sinônimo
De possível outro leitor. O antônimo
Disso já é igual a qualquer que passa,
Não lê, não quer ler e dá a uma traça
O livro do autor. E nem pseudônimo,
Heterônimo, mesmo um do Pessoa,
Nem obra-prima, mais que seja boa,
Salvarão um sonetista desconhecido.
Assim, faço sonetos a rodo, a granel.
Se de mil gostarem de um, meu papel
De sonetista estará, enfim, cumprido.
Francisco Libânio,
02/04/13, 6:53 PM
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