domingo, 22 de dezembro de 2013

1358 - Soneto aos céticos do amor

quero que se foda!

Não adianta dizer que amor não existe,
Que é coisa só para se escrever poesia,
Ou ainda usar isso com muita patifaria
Dizendo que ama e fazer cara de triste

Para pegar mulher. O amor já persiste
Apesar da filhadaputagem e boataria.
E dos que não creem ou se distancia
Dele acusando-o com o dedo em riste

Por ser infeliz por culpa única do amor.
Sua infelicidade, sua chaga e sua dor,
Se elas vieram enquanto você amava,

Você teve culpa também e se recusa
A admitir. Cometeu falta com a musa
E, furioso, no amor desce sua clava.

Francisco Libânio,
19/12/13, 1:12 PM

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