segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

1343 - Soneto aos famintos no supermercado

Atravesse uma dessas com fome sem fazer bobagem.

Quem vai fazer compras com fome
Tem na fome a péssima conselheira,
Uma dona perdulária e muito arteira
Cujo consumismo não há quem dome.

Com ela se um vê pedra, logo a come,
Uma colher de areia termina a primeira
Ideia de tempero e aí qualquer bobeira,
De saboroso e necessário, leva nome.

Aquelas gôndolas de chocolates, balas,
Salgados, acepipes veem essas valas
Na nossa barriga e querem fazer monta.

Por isso, mercados, proíbam famintos
De entrar em vossos rotundos recintos
Ou permitam subsidiando a futura conta.

Francisco Libânio,
14/12/13, 3:36 PM

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