domingo, 22 de dezembro de 2013

1355 - Soneto aos muito bonzinhos

E quando você menos espera, ele te morde!

Cuidado com as palavras sedutoras
Demais, os gestos muito bondosos,
Fala mansa e intentos muito airosos...
A bondade não tem tais nove horas

Nem dedica propagandas redentoras
De seus atos. Ponhamo-nos ciosos
Com os santos e seus tons sedosos,
São quase sempre víboras traidoras,

Ursos pedindo para dar seus abraços
E abutres atrás dos maiores pedaços
Do menor resto e por isso vale lograr

Os bons, os justos, e são facilmente
Desmascarados, sacar se um mente.
Basta observar bem fundo seu olhar.

Francisco Libânio,
18/12/13, 4:12 PM

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