sexta-feira, 29 de março de 2013

862 - Soneto da sexta-feira santa

Amanhã, tu não me escapa!

Sexta-feira santa, marco religioso,
Quem tem fé segue tudo à risca,
Quem não tem respeita ou petisca
Um filezinho um tanto orgulhoso

Pela subversão e pelo saboroso
Bom da carne que o dia confisca.
Este, que com religião não cisca,
Bem menos banca o xiita raivoso.

É dia de respeito, pois que guarde
A vontade. Sem carne sem alarde,
Por hoje, um peixinho me satisfaz.

Amanhã, enquanto o Judas malho,
Ele será a picanha que estraçalho
Com meu estômago cheio de paz.

Francisco Libânio,
29/03/13, 9:46 AM

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