Já quis muito isso enquanto escrevia.
Pôr em versos uma coisa qualquer
É estranho. E quando não se tem
O que se escreve é que não vem
A ideia. A falta absoluta do poder,
Da posse, do talento e do prazer.
O poeta se estertora e viaja além
Dos versos e entrega-os ao bem
Próprio. Eles que irão se escrever.
O poeta tem certo desejo de algo,
Mas à fleuma, ele banca o fidalgo
E não tem o que quer ou escreve
Sobre o que quer ter. E carentes,
Poeta e poesia são entrementes
Vítimas do querer que os manteve.
Francisco Libânio,
22/03/13, 12:54 PM
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