Represália.
Tente escrever um soneto quando o sono
Resolve, pleno domingo, fazer uma visita.
Nada contra o sono. Dou a ele a irrestrita
Entrada e dele ganho um polpudo abono
De mais sono. Só que quando ocasiono
A inspiração e chega o sono e a parasita,
Quero manda-lo à merda. A hora favorita,
Quando um soneto se escreve, ressono,
Coço o olho, pisco... Sono, seu filho da puta!
E o que era pra ser entrega vira disputa.
Inspiração contra a maldita vontade a vir.
E o que dá raiva. Se o venço e escrevo,
Na madrugada, hora devida, vira um frevo,
Uma batalha árdua e não consigo dormir.
Francisco Libânio,
17/03/13, 6:33 PM
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