Impera apesar da feiura
Pega-se um soneto e o tortura
A fim de tirar dele o que preste.
Quero um soneto que refloreste
A inspiração e cuja semeadura
Encontre raízes, despeje fartura
E cresça ao alto, ao céu celeste.
Mas meu soneto nasce agreste,
Mirrado, acatingado, forma dura,
Mandacaru. Imponente, mas cru;
Verdejante, mas um mandacaru.
Não atingiu o céu qual eu queria...
Tudo bem. Sua feia imponência
Não mostra sua melhor essência,
Mas reina como um pinheiro faria.
Francisco Libânio,
21/03/13, 7:15 PM
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