sexta-feira, 1 de março de 2013

782 - Soneto que ama uma mulher negra

Com cabelo natural porque liso enfeia.

Falar da mulher negra, chama-la “de cor”
É estranho. Além da pele, sim, escurecida,
A cor dela é a mesma durante toda vida
E nós, brancos, colorimos seja no calor

Seja no frio seja por fome ou por temor.
Agora na mulher negra, a cor só lapida
A beleza, Com um charme que convida
A muito mais que somente trocar calor,

Ir pra cama, provar em ares de exotismo
A mulher negra, estereotipada ao erotismo
Que a cor inspira aos brancos ignorantes

Com dons colonizadores. Vença-se isso,
Sem ter o que domine ou seja submisso
E terá um amor que nunca se teve antes.

Francisco Libânio,
01/03/13, 8:32 PM

Nenhum comentário: