E aí, é ou não é?
E aquela mulher que hoje é mulher,
Mas que antes, por acaso, não era?
Estranho, né? O antigo se exaspera,
O religioso manda o diabo recolher,
O tarado experimenta só pelo prazer,
Mas ela, que anunciou uma nova era
Em sua vida assumindo a primavera
Do novo corpo não se faz entender
Tão fácil. Isso, sim, que é revolução.
Assumir-se outra, desnudar a feição
Antiga. A sociedade não a entende.
Pois que se foda direito a sociedade,
Que a neomulher revele a identidade
E dane-se se envergonha ou ofende.
Francisco Libânio,
08/03/13, 6:38 PM
Nenhum comentário:
Postar um comentário