domingo, 10 de novembro de 2013

O homem era homem, nada mais

Quem soltou as aves da poesia?

O homem era homem, nada mais.
O verso fez do homem o poeta,
Sê-lo fez ver até numa tola seta
Poesia. Vieram rondós e jograis;

Passaram a falar e rir os animais,
Desviou-se o homem de sua meta,
Entregou-se à loucura mais completa,
Ao ver, perdeu-se. Era tarde demais.

Maldito seja o verso enlouquecedor,
Dopou o homem com toda fantasia,
Alimentou seus males, criou o amor!

Maldita essa lira e funesta a poesia!
Tirou o homem desse bom estupor
Que a inocente irracionalidade seria.

Francisco Libânio,
07/11/13, 5:28 PM

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