Nem sempre dá certo...
Acabei um soneto às dez horas,
Pontualmente, nada combinado.
O ponto e o minuto arredondado
Coincidiram em paz, sem moras,
O mal das igualdades criadoras
É querer repetir esse tal achado.
Pôr relógio e soneto lado a lado,
Malditas paranoias interventoras
Na criação e no tempo de criar.
Cada soneto tem o justo lugar
No tempo e só a este pertence.
Mas este soneto, daquele irmão,
Jogará pela janela a perfeição
E a esse perfeccionismo vence.
Francisco Libânio,
17/11/13, 10:24 AM
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