quarta-feira, 13 de novembro de 2013

1281 - Soneto monetariamente supersticioso

Lavou  direitinho?

Coçou a mão, dinheiro que vem?
Como seria bom se fosse batata
Essa combinação e fosse exata
E alta a quantia que essa fé tem.

Minha mão coça agora, vê bem.
A direita, se coça, a grana cata,
Se é a esquerda, quem resgata
É um outro e a gente fica sem.

Superstição e dinheiro, que liga!
Acreditar nos dois mais instiga
A ter fé e lutar mais. E se bobeira?

Se for, deixa ser. No mundo real,
Coça a mão, a carteira fica igual,
Certeza que é micose a coceira.

Francisco Libânio,
11/11/13, 11:42 AM

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