Não adianta nada...
Como se fosse obrigatório, ritual,
Acordava às seis e meia em ponto.
Ao relógio nunca havia desconto,
Cara lavada, café da manhã frugal,
Pão e leite. Exagerasse faria mal.
Às oito estava no trampo, pronto,
Engomado, listo para o confronto
Diário. Às seis, no rigor, punha final
Na jornada. Não tinha uma fresta
Para o desregramento, uma aresta
De improviso, ele já punha morta.
Foi tamanha a correição no porte,
Que seu coração, tido por forte,
Desobedeceu, rebentou uma aorta.
Francisco Libânio,
04/11/13, 12:00 PM
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