quinta-feira, 10 de abril de 2014

1598 - Soneto do rato

Se eu tivesse um rabinho peludinho, a história seria outra.

O rato se sentia injustiçado.
Ele era nojento, asqueroso,
Evitado por ser contagioso,
Vivia no esgoto segregado

E o primo esquilo, adorado,
Fofinho, levado de gostoso.
Ao esquilo, o carinho, gozo.
Já a ele, só o asco ilimitado.

Talvez o esgoto, submundo,
O ambiente fétido e imundo
Fizessem-no como o diabo.

Ou provável, como o esquilo,
Que era bonitinho, tinha estilo
E pelos, seu mal fosse o rabo.

Francisco Libânio,
07/04/14, 9:14 AM

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