quinta-feira, 3 de abril de 2014

1584 - Soneto do panda

Sendo gostoso que nem esse bambu.

O panda, um gordinho desajeitado,
Mas fofo que tinha todo o encanto
Pra acabar com qualquer quebranto
Que alguém lançasse. Era olhado,

Diziam que ursinho mais afrescado.
E o panda nem aí. Ficava no canto,
Fazia uma gracinha e tinha acalanto.
Azar de quem o visse desajeitado

E sorte do panda, que de gordice
Em gordice punha muita meiguice
No jeitinho e tinha mais admiradora.

Ser gordinho, dizia, só é esquisito
Pra homem que põe por proscrito
O charme em ser bolinha sedutora.

Francisco Libânio,
01/04/14, 8:27 PM

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