sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

1506 - Soneto da zebra

Presidiária o cacete! É meu pijama, caramba!

Sempre chamada de presidiária,
A zebra achou que já tinha dado
A brincadeira e algo foi mudado,
A pelagem preto-branca binária

Pensou numa coisa mais operária,
Séria, um marrom algo desbotado,
Sem listras, sem nada intercalado
E foi tratar da nova indumentária.

E voltou à roda tão irreconhecível
Que cessou o apelido de horrível
Que julgou a neozebra sem pôr fé,

De um listrado que valia gozação,
Mas era dela o charme e atração,
Ficou pior que qualquer pangaré

Francisco Libânio,
18/02/14, 8:03 AM

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