segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

1482 - Soneto com eu feminino

E se eu me visto assim, sou puta? Ora, vá se...

Apaixona-se por homem e o pai fala,
Recomenda cuidado, ter pé no chão.
Pode ser um safado atrás de diversão
E chega para a gente cheio de gala.

Vem, corteja, paquera e se acasala.
Depois some e perpetua a situação
Mas que não fosse eu, mas o varão,
A fala seria outra. Aí o pai assinala

O filho que passa o rodo sem ter dó,
Que cobre várias como o galo carijó
No terreiro, pois quanto mais melhor

Pra homem. Já eu, testar sexualidade,
Escolher parceiro, saciar uma vontade,
Serei puta. Serei a vergonha, o terror!

Francisco Libânio,
09/02/14, 11:54 AM

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