quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

1502 - Soneto do tigre

Vai gozar a mãe!

E o tigre, de dourado amarelo
E listras negras, sem ter igual
Botava banca e era o maioral
E, fortão, quem iria rebatê-lo?

Jactava-se da beleza do pelo,
Do desenho, do disfarce fatal,
Da inteligência, o charme e tal
E, de fato, ele era muito belo,

Aí um bicho sem amor à vida
Ou a tendo mui bem garantida
Tacou essa paz a la Genebra,

Esse silêncio e o medo no lixo,
Mandou um nome no capricho
E agora o tigre é o gato-zebra.

Francisco Libânio,
16/04/14, 1:04 PM

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