domingo, 3 de fevereiro de 2013

731 - Soneto que come

Que bela refeição...

O banquete que se põe apetitoso à mesa
Não é apenas iguarias para o bom glutão,
É mais que isso, é quase toda a sedução
Que nos propõe a mais perfeita princesa

Quando dança, incita e revela a surpresa
Guardada pela lingerie à nossa disposição.
A mesa, cujo primeiro véu a se tirar é o pão,
Tem, além da nudez culinária, a sobremesa.

Como resistir? Como ser assim moderado?
A mesa como a moça faminta, complicado
Dizer não e fazer como se nada acontecido.

Assim e assado, pecar enchendo a pança,
Seja de calorias, de gordura ou de criança,
Ter o apetite saciado é igual a estar remido.

Francisco Libânio,
03/02/13, 1:57 PM

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