quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

762 - Soneto que ama uma mulher engajada

Tá fazendo papel de trouxa, mas é gata.

De direita, de esquerda; não importa
Ideologia, filosofia ou postura política.
Ela tem um lance que a faz tão mítica,
Tão sensual que meu carinho suporta

Uma possível colisão. Ela me exorta
A uma postura minha mais catalítica
E reveja meus ideais, fazendo crítica
Ao que acredito revendo minha torta

Posição de esquerda tão socialista.
Tudo bem. Essa pregação panfletista
É parte da nossa mise-en-scène a dois.

Ouço, contra-argumento e ela replica;
Fazemos um breve silêncio. É a dica
Para a trégua e o amor a vir depois.

Francisco Libânio,
21/02/13, 6:19 PM

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