sábado, 16 de fevereiro de 2013

754 - Soneto desconfiado

Ter cuidado não é nada mal. 

Estar com um pé atrás e de olho aberto,
A palavra é de ouro, mas tanta bijuteria
Tem por aí que, só por alguma garantia,
Nada custar aumentar o grau de esperto

E pensar duas vezes antes de pôr certo
O que certo parece já que quem agracia
Demais ou é santo ou trama uma arrelia
Então não há mal em olhar mais de perto

O que quer quem vem com toda mesura,
Toda educação oferecendo com cordura
O que não é fácil assim de se ter à mão

Dessa forma, desconfiança não é ofensa,
Mas é cuidado a ambos que se dispensa,
Afinal qual, também, é nossa real intenção?

Francisco Libânio,
16/02/13, 1:31 PM

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