quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

736 - Soneto que inveja

Não se roa... Faça.

O olho que deseja o que não é seu
É doente e doentio por são que seja,
A mente que nada faz e muito almeja
Há muito em algum ponto se perdeu.

Querer não é pecado. Quer o judeu,
O cristão e mesmo este que verseja,
Porém, do meu lado, não há inveja,
Se o outro teve foi porque mereceu.

Inveja tem este soneto que cá digito,
Eu sei, ele queria ser melhor escrito,
Ser lírico, metrificado, ser camoniano!

Mas veja só, nem ele teve essa sorte,
Mas seja lá feliz com o modesto porte
Assim afasta esse defeito tão profano.

Francisco Libânio,
06/02/13, 9:00 PM

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