sábado, 18 de janeiro de 2014

1438 - Soneto com indignação

Nunca se calar.

Calar-se diante do mal, da injustiça,
Da insensatez e da desumanidade
Não te dá esse ar de superioridade
Nem te garante qualquer premissa

De não misturar política à sua liça.
Prefiro manter a minha vulgaridade
E mostrar o desgosto de verdade
A guardar essa sabedoria postiça

Dos que preferem nunca se meter
Naquilo que não se pode mexer.
Prefiro gritar contra coisa errada,

Abrir o olho de dez a pôr centena
Alheia a tudo que mais dá pena
Ou indigna. Nunca à voz calada.

Francisco Libânio,
18/01/14, 12:59 PM

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