segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

1411 - Soneto dos temas repetidos

Andy wahrol repetia mudando cores. E daí?

Falo de política, de sociedade,
Injustiça, mulher gorda, peituda
Hora ou outra, a porrada aguda,
Hora ou outra, alguma futilidade.

Mas aí chegou tal quantidade
Que o tédio meio se desnuda
E um reclama “Isso não muda?”
Cobrando a diária originalidade,

Oras, esse reclamão, por acaso,
Seguindo dessa crítica igual azo
Come todo dia negócio diferente?

Ou repete lá seu feijão com arroz
Na semana puxada e tão atroz
Que o igual termina até atraente?

Francisco Libânio,
06/01/14, 6:55 PM

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