quarta-feira, 14 de agosto de 2013

1186 - Soneto portento

Que eu chegue lá e fique... E se eu cair, que suba de novo.

Que meu soneto seja bem sucedido,
Que minha lira, essa escabrosidade,
Seja reconhecida e que sua validade
Faça com que eu seja algo conhecido.

Sucesso é um negócio sem sentido.
Faz-se sucesso e vira a celebridade
Do ano. Sujeito deslumbra e invade
A cabeça todo o ego e fica metido.

Poeta assim, que almeja ser imortal,
Morre logo, esquecido sem ser o tal
E o público não conhece sua poesia.

Quanto a este soneto atrás de fama,
Que a tenha, mas saiba, ela é chama
Que esmorece fácil com o raiar do dia.

Francisco Libânio,
14/08/13, 4:34 PM

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