A gente tenta fazer pérola, mas demora...
Em dias que o soneto não vem,
Não baixa, fica-se mais intimista,
Procura-se dentro alguma pista
Sem nem saber se realmente tem.
Se tem, maravilha, fica tudo bem,
O soneto fica um tom de otimista.
Se não tem, aí é azar do sonetista:
Sem soneto e sem humor também.
Dessa forma, o poeta se garimpa,
Tenta deixar sua alma mais limpa
E faz joia da sujeira. Tipo a ostra.
O problema é quando essa sujeira
Não dá pérola por mais que queira
E ainda deixa a casa suja à mostra.
Francisco Libânio,
12/08/13, 3:53 PM
Nenhum comentário:
Postar um comentário