segunda-feira, 29 de julho de 2013

1149 - Soneto convalescente

Nem tem como escrever...

Estando gripado, não se soneteia
Nem se rima. Pesa muito a cabeça
Do poeta, logo a poesia é recessa
E o neologismo aqui bem permeia.

Mas se de lado, a poesia escasseia
De outro, o poeta tossindo à beça,
Concatena em meio à tosse a peça
Que aparece na sua cabeça cheia

De dor. Muito se gripa demais dói
A cachola, mas devagar se constrói
Algo para colocar no papel quando

A gripe se for e o soneto se permitir.
Até lá pensar em um é como parir
Tanto nos dói tossindo e espirrando.

Francisco Libânio,
29/07/13, 9:19 AM

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