quinta-feira, 6 de junho de 2013

1043 - Soneto apreciado

Talvez o Belo que não assuste seja este, que é... Feio!

Deixar a beleza vir e tomar conta...
Quem não quer e o que impede?
Não quer aquele que mais pede
Beleza quando esta o confronta

E impede quem à beleza aponta
E faz pouco dela e nunca mede
Ofensa sem notar quanto excede
O ridículo. A beleza o amedronta

Sem perceber em si este medo.
Pena. Vejo um assim, procedo
Com cuidado. Pouco me meto.

Se o sujeito teme o belo é azar.
Sofrerá sem o prazer elementar
De se deliciar com meu soneto.

Francisco Libânio,
06/06/13, 8:00 AM

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