quarta-feira, 5 de setembro de 2012

0422 - Soneto ocupacional

Passa um ventinho e tira toda concentração... Sei como é.


Meu ócio é algo desagradável,
Minha ocupação fica dispersa,
Tento fugir, Não tem conversa,
O ócio vem e tudo fica inviável

Estudo, trabalho e até o afável
Prazer de amar. Tudo malversa,
Tudo estraga. Coisa perversa!
Viro um grande inútil miserável.

Da minha ocupação me desligo,
Liga o poeta, ver se consigo
Transforma o ócio em lirismo

Até que sai algo. Isso desinfeta
O ócio. A disposição inquieta
O trabalho vem com estoicismo.

Francisco Libânio,
0509/12, 8:48 PM

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