quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

679 - Soneto de má fama

Eu passando o rodo? Só se for assim!

Dizem por aí que quem faz fama,
Curte, aproveita seus bons frutos;
Come-os, lambuza dos produtos
E, com fama feita, deita na cama

Eu, por poeta, alguém me chama.
Agradeço e degusto por minutos
O nome. Há quês justos, argutos
Sobre os quais o tal se derrama,

Mas quando se arruma um cacho,
Uma moça para aquietar o facho
E ter o sagrado direito ao prazer

Vem um e já diz de mim: Pegador!
Quisera eu a rotação a todo vapor!
Foi só uma. Outra não irá aquiescer.

Francisco Libânio,
20/12/12, 10:33 PM

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