quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

672 - Soneto quase revolucionário

Uma gata dessas não se conquista na base da revolução.

Sempre quis revolucionar no soneto
Quadras e tercetos? Pra quê? Chega!
Quero vencer essa obediência cega,
E revolucionar, bagunçar esse coreto

Se eu fizesse um soneto com sexteto,
Ou um tipo novo estrofe que emprega
Sete versos. Arrebentar essa bodega
E aí, sento e penso, eu comigo quieto

Se no verso convencional, o sucesso
É como o com o mulherio, no avesso,
Certamente, eu não faria melhor figura!

Assim, no verso ou no beijo é melhor
Que se siga as regras. Elas, sei de cor.
E talvez levem uma mulher à loucura.

Francisco Libânio,
13/12/12, 8:14 PM

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