Alguém leu meu soneto e o viu sujo,
Feio a versar apenas sobre bobagem.
Criticou, foi contra a tal sacanagem
Vista no soneto e condenou o cujo.
Eu, que o escrevi, e que nunca fujo
Da crítica, mesmo cheia de fuleiragem,
Ponderei e resolvi, de primeira viagem
Ao politicamente correto ser marujo.
Tirei a sacanagem, tolhi a grosseria,
Repreendi palavrões como se queria
Pra ver se é isso que a claque gosta.
Ficou sem sal minha nova produção,
A plateia aplaudiu por mera educação
O soneto limpinho, que era uma bosta.
Francisco Libânio,
05/03/14, 10:36 AM
Nenhum comentário:
Postar um comentário