Começa o ano e o Poeta segue a sina
De escrever e, mais, datar cada poesia.
Certidão de nascimento, cada com dia,
Mês e ano dados por ele que as assina.
Só que vira o ano e o costume desafina
Do calendário. Põe o ano velho e devia
Ser o ano novo. Corrige, mas não arria
O hábito do ano ido que jamais termina,
Ao menos na poesia, cada com um ano
Já nascida, mesmo reparado tal engano.
E este Poeta custa a pôr na sua cabeça
Que o ano passado passou. Acostumará
Com o tempo, mas ele se surpreenderá.
O ano novo é velho e outro novo começa.
Francisco Libânio,
02/01/1415,
10:41 PM
Nenhum comentário:
Postar um comentário