sábado, 11 de abril de 2015

Poema de fuga 28

O preto de alma branca
Nada mais é que o bom preto,
Trabalhador, honesto, bom pai,
Bom marido, distinto e dileto
Que um branco eu não é nem vai
Ser igual resolveu (auto) elogiar
Mas o preto de alma preta,
Como ele, por acaso, ia brigar?
O branco era racista, seu azar!
Não tinha alma branca, preta então...
Só ao branco essa branca etiqueta
Tinha valor. O preto, com seu valor,
Era um grande homem, eis a distinção.

Francisco Libânio,
27/01/14, 10:02 PM

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