sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

1781 - Soneto para a roupa velha

Se mais simples ou sofisticada,
Importa é: O tempo dela passou,
A moda que outrora só a louvou
Agora é história e ela lá estirada,

Ocupando espaço já não agrada.
As cores o tempo mais amarelou,
O manequim o corpo transmutou
E fora decoração, ela não é nada.

Pobre roupa que perdeu o bonde
E ao atual não mais corresponde.
O destino pode ser um frio brechó.

E se for, que orgulho! A serventia
Ainda restará viva. Muito pior seria
Se seu último ato fosse limpar pó.

Francisco Libânio,
19/09/14, 10:41 PM

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