terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

1778 - Soneto para o caderno

Este caderno que abriga o soneto
Agora escrito sequer se dá conta
Da honra que tem. Não desaponta
Nem se engrandece. É só correto

Em sua postura. Com o porte reto,
Recebe o soneto sem apor afronta,
Sabe que cada verso que desponta
Será outra linha. Pensa ser discreto

E não morrer cheio das arrogâncias
Onde foi escrito com as elegâncias,
Por exemplo, o Soneto de Fidelidade.

Como sabe que o soneto cá escrito,
Como o caderno o queria. Proscrito,
Chora. Não é em caderno de verdade.

Francisco Libânio,
11/09/14, 3:59 PM

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