quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

729 - Soneto aluxuriado

É só pensar numa dessas e um soneto qualquer vira putaria...

E eu que queria aqui um soneto,
Um simples soneto sem malícia,
Sem maldade usando só perícia
Em escrever. E me comprometo

A me quedar cá o máximo quieto,
Mas vem a má ideia com carícia
Sensual e me lambe com delícia
O peito e pronto! Já tô aqui ereto!

O soneto, que era pra ser inocente,
Vira algo a ir além do indecente
E deixar Bocage com vergonha!

Preciso parar, reestruturar a ideia,
Expulsar a luxuriosa onomatopeia
Gemente da minha mente risonha.

Francisco Libânio,
23/01/13, 12:19 PM

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