quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

713 - Soneto avarento

Tira o zóio!

Que a mão não abra nem pro bom dia,
E o mais simples pedido seja negado.
Amor ao próximo é engodo do pesado
E não dá camisa, ao contrário, só vicia

Que o nosso não seja a palavra guia
A pedidos alheios e o sim seja dado
Às retóricas negativas. Ver acabado?
Sim. Acabe-se e me dê essa alegria!

O meu é meu e o seu, se você piscar,
Será meu também. No primeiro lugar
Venho eu. Não importa como e quem.

Do meu nada terá, do seu quero tudo.
Bondade só s desculpa ou se escudo,
Apenas visando mal é que farei o bem.

Francisco Libânio,
09/01/13, 1:05 PM

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