sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

722 - Soneto que ira

Perco a paciência!

Sentar e escrever algum soneto
E não me vem a tal da inspiração!
Fácil? Soneto é só uma distração?
Ouço isso e a porrada logo meto!

Eu sou de paz, mas num secreto
Espaço da minha boa imaginação
Palavras caem dentro do alçapão
E são devoradas pelo mais abjeto

Monstro que crio, vezes, esqueço.
Esquecer dele tem um duro preço
E quando escrevo é que ele cobra.

Escrevo, não vem nada e aí tento,
Fico puto com isso. Pior momento.
A ira se desconta na minha obra.

Francisco Libânio,
18/01/13, 12:35 PM

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