quarta-feira, 29 de maio de 2013

1028 - Soneto confeteado

Ela curte um elogio... Quem não?
Elogio e loa, quem não gosta?
Mas ela... Isso já tinha virado vício!
Ela fazia deles grande exercício
Para ficar mais feliz e disposta.

E quem elogiava, à face oposta,
Aludia-a a uma vida de meretrício,
Associava-a ao mais sujo ofício,
E juntava os elogios à proposta

Mais indecente. Ela dá pro elogio
Mais bonito. Não, era só um vazio
Recurso pra aumentar sua estima.

Dar, ela dava se gostasse do cara,
É quando o xingamento escancara
Pra dar à transa um melhor clima.

Francisco Libânio,

29/05/13, 11:51 PM

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