domingo, 20 de janeiro de 2008

A uma musa



Não quero como da Gioconda o sorriso
Enigmático, passivo e sem tempero.
Minha musa deve ir além do que espero
Exposta num quadro estático e preciso

Nem na pintura nem em arte onde o esmero
Seja total ou de simples improviso
Porque além dela está a musa a que viso,
Por isso nem neste poema te quero.

Eu quero que poses para mim exclusiva
E pintarei telas nossas cotidianas,
Escreverei uma história sempre viva

Porque és a arte de poetas e pintores,
Mas à fama abstrata prefiro tuas humanas
Formas que só inspiram meus amores.

Francisco Libânio
20/01/08
1:03 AM

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