terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Soneto de Decepção


Extraído de http://sentimientos.jubiiblog.com.es/upload/lagrima.jpg

Por amor, entregou-se em fé cega
A alguém que parecia sem defeitos,
Alguém que condenava os feitos
Daqueles que o vício carrega

Por devoção, vangloriou os jeitos
Daquele que veementemente nega
O mal e tamanha foi sua entrega
Que ao ver o quão eram imperfeitos

Os laços entre discursos e ações
Quis morrer antes a acreditar,
Mas terminou aceitando a verdade

E viu que a fé é a porta da maldade
Invadir a alma e, vil, subornar
O amor que oculta dela as decepções.

Francisco Libânio
15/01/08
12:12 AM

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