O branco que trabalhava...
Diz-se segunda ser dia de branco.
Uma bobagem maior não foi dita,
Como se negro não tive a marmita
Fria e dia sem nenhum solavanco.
Olha-se o passado, vê-se o franco
Ócio do senhor enquanto a desdita
Do negro frente à jornada irrestrita
Com direito a tronco como a tranco.
Aí a segunda, o dia em que o suor
Substitui o dominical e doce sabor
Louva a casa grande e a senzala
Que só conhece segundas é nada!
Segunda é dia de começar jornada
E, fora a cor, com ela não se abala.
Francisco Libânio,
28/10/13, 8:28 AM
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