sexta-feira, 25 de outubro de 2013

1244 - Soneto assim, apaixonado

O negócio é não ser maior que a gente.

Será que por se esquivar do amor,
O poeta, em fase rústica, não sente,
Não ama e se armou tão abstinente
Desse sentimento que acha melhor,

Espancá-lo em versos e tirar a cor
Das paixões róseas por somente
Esconder algo? Estará ele carente
De um par de quem possa dispor

Todo carinho e dar afeto sem fim,
Sem cessar e deixar o lado ruim
Da vida, esse amargor destrutivo?

Aviso, eu não perdi a capacidade
De amar, só me deixei à vontade
Para não ser do amor mero cativo.

Francisco Libânio,
25/10/13, 12:03 PM

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